sábado, julho 11

4ª Marcha LGBT no Porto


Mais uma vez, fui à Marcha do Orgulho no Porto. Este ano não perdi o início. Enquanto os vários grupos se reuniam na Praça da Republica, aproveitei para tomar café numa esplanada próxima com a Cecília. Numa das mesas, estavam sentadas uma senhora e três raparigas. As pulseiras e pins das miúdas catalogavam-nas logo com o movimento gay. Seriam as miúdas lésbicas ou a mãe?, observávamos curiosas. Obtivemos a resposta na praça, quando reparei que a senhora trazia ao peito um cartaz dizendo "Eu sou mãe de uma lésbica". Nem imaginam o orgulho que senti daquela mulher, pela atitude nobre, humana e corajosa que teve, em detrimento das atitudes conservadores, desajustadas e egoístas de tantas outras mães nas mesmas situações. Fiquei feliz pelas miúdas, pois faz diferença viver numa família onde somos amados e respeitados pelo que somos. Os meus parabéns minha senhora, por ter preferido amar a sua filha, contrapondo-se ao ódio que a sociedade nos tem.
Peguei num cartaz de uma organização, com um slogan que defendo "casar ou não é nossa decisão / casar ou não é nossa decepção" e exibi-o bem alto para todos o verem. É um direito que me assiste enquanto ser humano.
Stª Catarina foi o ponto mais alto da manifestação, cheia de gente nos passeios, nas esplanadas, nas lojas e janelas dos edifícios. Estavam espantados a olhar a chuva de cartazes, apitos e balões que trazíamos, enquanto cantávamos e gritávamos a plenos pulmões "Seja homem ou mulher, eu amo quem quiser", "nem menos nem mais, direitos iguais", "casar ou não, é nossa decisão".
O nosso comboio de gente animou com alegria, coragem e cantoria as ruas por onde passava, terminando frente à Câmara Municipal do Porto.
Este ano, pareceu-me que éramos mais e mais unidos, como uma grande família.



Maria

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