| Uma cidadã francesa, de 32 anos, apresentou-se a semana passada como candidata às presidenciais de 2012. O caso não seria notícia se esta mulher, Kenza Drider, não usasse um véu integral quando anda na rua, o que é proibido em França desde Abril deste ano. |
Kenza Drider, de origem marroquina, é membro da organização não governamental "Não toquem na minha Constituição", e um dos seus objectivos principais é a revogação da actual lei de proibição do uso do véu em espaços púbicos. Em declarações à Associated France Press, Kenza Drider afirmou: "Quando uma mulher que manter a sua liberdade, deve ser ousada". "Hoje, tenho a ambição de servir todas as mulheres que são objecto de estigma ou de discriminação social, económica e política", sublinhou.
O diário francês "Le Figaro" diz que esta é uma "candidatura de provocação”, opinião que estou inteiramente de acordo.
Em primeiro lugar é uma falta de respeito para com um país que sempre defendeu a liberdade das pessoas, nomeadamente da ditadura da religião.
É uma enorme falta de respeito para com o país que a acolheu e para com as leis que regem a França.
É uma enorme falta de respeito para com todas as mulheres, que ao longo destes anos têm lutado pela abolição das grandes diferenças sociais dos 2 sexos. Se querem esconder o rosto, façam-no no vosso país de origem ou em vossas casas, pois num mundo livre e aberto esse tipo de posicionamento não faz sentido. Um rosto aberto é um livro aberto.
Um pessoa com véu no rosto ou coberta da cabeça aos pés, não tem rosto, não tem identificação própria. Onde está aqui a ousadia ou a liberdade que fala? Poderemos votar em quem não se vê?
Tal como a França, outros países estão a ponderar elaborar legislação semelhante, como são o caso da Dinamarca, Áustria, Holanda e Suíça. Na Bélgica esta proibição foi introduzida este verão e quem desrespeitar a lei está sujeita ao pagamento de uma coima e até 30 dias de prisão.
Maria
