terça-feira, fevereiro 16

Carnaval de Estarreja

Fomos a Estarreja ver o Carnaval. 
O cortejo era bastante animado e diversificado, com algumas figurantes a deliciarem o nosso olhar. Nem o barco do amor faltou, com os cupidos a flecharem vários pares de namorados (figura abaixo). Afinal, também era dia de S. Valentim. 
Apesar do frio, foram bem passadas as 3 horas e trinta minutos do cortejo. 
A brincar e sambar, tudo se leva bem. 

Cecília

segunda-feira, fevereiro 8

Vitamina para a Alma

Gosto imenso da natureza, das suas cores, dos seus aromas e do silêncio. É nela que reduzo as minhas ansiedades, o stress profissional e onde me encontro espiritualmente. A vida citadina é muito stressante, muito barulhenta e com pouca qualidade. Dou por mim a imaginar-me a viver no campo, junto a um rio, com um pequeno terreno para cultivar e imenso tempo para escrever. Isto porque fui fazer uns pequenos passeios. Estive em Vigo, a reviver as suas ruas e a marinha. Enquanto lá estive, descobri uma confeitaria deliciosa denominada "Montserrat", que vendia uma fatias de pizza de rucula saborosas, uns suspiros de chorar por mais e tantos outros biscoitos suculentos. Sempre que cá vier, passarei obrigatoriamente por ela. Regressei para a Vila de Arcos de Valdevez, uma terra muito pitoresca, envolvida pelo rio Vez, com casas muito bonitas e gente muito simpática. Subi à nossa Sª do Castelo, no alto do monte, repleto de mimosas e encontrei lá um miradouro fantástico, em cima de um penedo. Reparei que as vilas conseguem ter muitas vezes melhores infraestruturas de desporto que as cidades (tendo em conta o reduzido tamanho): em Arcos, pratica-se futebol, natação, atletismo, um campo de rugby (equipas masculinas e femininas), imensos espaços preparados para skateboarding, caça, entre outros. Jantei à luz de velas no snack-bar Kebab's, um espaço simpático e acolhedor. Ponte da Barca fica a Sul de Arcos e a sua beira rio é muito romântica, com imensos espaços verdes, os troncos da árvores cortados no alto parecendo uma enorme escultura de madeira. Um cheirinho a comida saborosa emanava do restaurante "O Moinho", convite aliás que aceitei. Deliciamo-nos, eu a Cecília, com um polvo à lagareiro e um bom vinho branco ponte da barca. Soberbo. Passear pela Natureza é uma excelente vitamina para a Alma. Passear, aliás, já é muito bom. Viajar, então, nem se fala.

quinta-feira, fevereiro 4

Saga do casamento homossexual continua...plataforma cidadania e casamento em protesto

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Depois de ler o manifesto “pelo casamento pela família” da Plataforma Cidadania e Casamento, não posso deixar de comentar alguns dos disparates. 
Em primeiro lugar, julgo que só gente infeliz à procura de um objectivo para dar valor à sua inútil existência, é que deseja vir para a rua limitar os direitos dos outros e meter-se na vida alheia.
Em segundo lugar, relembro que homossexuais fazem parte das famílias e constituem famílias. Se em pleno Século XXI ainda desconhecem isto, sugiro que se actualizem. A Educação é um processo de criação de uma cultura de direitos humanos, que ainda não devem ter interiorizado. 
Em terceiro lugar, os homossexuais também são homens e mulheres, não somos aliens. Estamos inseridos em toda a sociedade, somos filhos, mães, pais, avós, cozinheiros, políticos, enfermeiros, médicos, educadores sociais, professores, trolhas, mecânicos, engenheiros, vizinhos, …, somos tudo e todos na sociedade. Respondendo portanto às vossas perguntas, também somos família, educamos crianças, temos uniões de facto cá, casamentos noutros países; também apostamos na maternidade e na paternidade (porque também os fazemos), ensinamos nas escolas, trabalhamos e geramos riqueza, fazemos história e decidimos o futuro da sociedade. 
Em quarto lugar, o casamento é um acto de amor, não exclusivo dos heterossexuais. 
Em quinto lugar, as crianças têm o direito de receberem amor, independentemente de pais heterossexuais ou homossexuais. 
Em sexto lugar, também concordo que a família faz a sociedade, que a maternidade e a paternidade são valores sociais, que os pais têm o direito à liberdade para educar os seus filhos (desde que respeitem a liberdade dos outros), que a solidariedade nasce na Família, que a Escola ensina, ajuda e apoia as famílias, que família é a primeira escola de vida e que a riqueza de um País está nos Homens, nas Mulheres e nas crianças. 
Em sétimo lugar, a história é escrita por homens e mulheres e em suma pelo Estado (que é constituído por todos nós). 
Em oitavo lugar, o futuro da Sociedade, em democracia, é escolhido pelo Povo, mas com todas as suas representações. O Poder deve respeitar toda a gente e não só a vontade da maioria, como referem, É com essas ideias pobres, de apartheid, que nascem e se sustentam as descriminações. 
Em nono lugar, nós, Mulheres e Homens temos apenas o direito a decidir pelas crianças, pelo casamento e pela família que criamos, sem interferir na liberdade e nos direitos dos outros relativamente às suas famílias. 
Em décimo lugar, informo que modelos de famílias há muitos. 
Não fomos nós quem colocou em causa o futuro das gerações, é o modelo familiar heterossexual que está em crise. Concordo que queiram reunir-se para festejar o vosso amor, agora não tentem sujar e limitar o amor entre pessoas do mesmo sexo, pois não têm esse direito. Nós também não gostamos de ver muita coisa. De que têm tanto medo? 
Os direitos dos cidadãos da EU estão protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais, cujo objectivo é assegurar que todos os Estados-Membros defendem e promovem medidas para a igualdade, a justiça, a dignidade e os direitos dos cidadãos. Diz-lhes alguma coisa a proibição da discriminação com base na orientação sexual? Todos somos iguais perante a Lei. Arranjem algo útil para fazer.
Maria

quarta-feira, fevereiro 3

A CLASSE E O TALENTO DE ROSA LOBATO FARIA


Outra coisa que o corpo há quem conheça.
Eu não. Somente nele me cumpro viva.
Poema, beijo, estrela, afago, intriga
Só no corpo me são pés e cabeça.
E coração também que às vezes teça
Razão de me saber mais que medida
Nessa trágica trama tão antiga
A que chamam ficar de amor possesso.
E é de novo poema, beijo, afago.
É de novo corpo que te trago
A exótica festa da nudez.
E tudo quanto sinto e quanto penso
Toma corpo no corpo a que pertenço.
E aqui estou: de barro, como vês.

Rosa Lobato de Faria

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