domingo, maio 31

Quebrar estereótipos

Recordo-me de há uns anos atrás, andar à procura de 2 noivas de açúcar, para colocar em cima de um bolo de casamento. Escusado será dizer que não encontrei tal auspiciosa união. A opção para os festejos da união de facto dos casais homossexuais, passava obviamente pela compra de 2 noivas isoladas, no seu vestidinho branco, que aliás estavam quase sempre esgotadas. Tenho pouca sorte com estas coisinhas doces. Obviamente, que na nossa sociedade heterossexista, não é de se estranhar esta omissão.

O meu espanto, foi quando recentemente a passeio por uma ruazinhas no Porto, saltou-me ao olho, no meio de uns pares hetero, um casalzito homo, vestidos de fato preto, muito doces. Procurei pelas mulheres, que pareciam uma vez mais não existir, quando reparei num casal açucarado, uma mulher com vestido branco e outra (que não detectei logo por me parecer um homem) de fato preto. Só reconheci ser uma mulher, por ter os sapatos iguais à outra e serem diferentes dos masculinos, pois até o cabelo era curto como o dos homens, embora mais claro e ligeiramente ondulado. A noiva de vestido branco, mais parecia uma rapariga do campo, com um vestidito simples, sem ser de noiva. Escusado será dizer que achei ridícula a imagem deformada que têm de nós, com o estereótipo que uma tem de ser o homem e outra a mulher e que o bom gosto não deve fazer parte do nosso guarda-roupa. A grande maioria dos casais não se enquadra nesta visão redutora. O amor de duas mulheres não carece de modelos masculinos, é um amor puro entre iguais, com as suas próprias condicionantes de género. Não há qualquer problema em se casarem ambas de fato, ambas de vestido ou uma de facto e outra de vestido. As mulheres ficam lindas de qualquer maneira, mas por favor, não fujam ao bom gosto exigido para a ocasião.

Os estereótipos mal formados é que têm de ser eliminados, até porque olhando por esse prisma, não faltam heterossexuais que mais parecem homossexuais e vice-versa. As homossexuais só diferem das heterossexuais na orientação sexual. No programa Episódio Especial, que passa na SIC, apercebi-me de uma destas ideias redutoras, ao mencionaram que a actriz Cláudia Chaves tinha umas pernas muito sexy “apesar” de a actriz estar numa novela a fazer um papel de lésbica. Poupem-me a estes comentários ridículos.


Maria

quarta-feira, maio 13

Hei-de ver esse dia chegar, Alá Akbar!

Que sociedade é esta em que vivo, onde todas as pessoas têm de ser iguais, com os mesmos gostos, os mesmos pensamentos, as mesmas atitudes, onde a diversidade não é bem aceite e tudo o que é diferente é mau ou suspeito?
Que sociedade é esta que rotula de cultura de morte o amor de pessoas do mesmo sexo e pretende combater "o mal que o casamento gay representa"?
Que sociedade é esta onde um movimento "Portugal pro Vida" que supostamente defende a vida, apresenta uma cultura de morte baseada na homofobia, na opressão, na omissão dos direitos dos homossexuais de constituirem família tão dignamente, como outra qualquer, referindo-se a nós como "um mal que querem combater"?
"Aquilo não é um casamento, são pessoas que vivem no mesmo agregado familiar", disparam. Frases ignorantes, de uma pobreza chocante, acompanhadas de manchetes sensacionalistas. E ainda se acha esta gente detentora da verdade e capacitada para divulgar ideias?
Porque nos receiam tanto?

Há uma música da Zélia Duncan, que diz "os imorais falam de nós, dos nossos sonhos, nossos encontros, da nossa voz,..., mas um dia, eu sei, a casa cai".
Hei-de ver esse dia chegar, Alá Akbar (Deus é Grande).

Maria

Open Madrid 2009

Amélia Mauresmo acaba de ganhar a partida a Elena Dementieva

Mauresmo 1/6/6
Dementieva 6/4/2
Já está nos quartos finais.

Mais uma estrela na nossa bandeira





Cecília
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