domingo, julho 11

Kiana Firouz conseguiu ficar no Reino Unido!

Kiana Firouz, iraniana que estava para ser deportada da Inglaterra para o Irã e cuja situação mobilizou várias organizações no mundo via Internet vai permanecer na Inglaterra como refugiada em Londres.

5ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto

Decorreu a 10 de Julho, a 5º marcha do Orgulho LGBT no Porto. Esta foi a 3ª marcha em que participamos, nuas de máscaras. Estiveram presentes cerca de duas mil pessoas, a maior marcha de sempre no Porto.
O objectivo era celebrar a mais recente conquista do casamento civil homossexual e reivindicar outros direitos como a parentalidade, a adoção, a igualdade de género e a luta contra a descriminação. Este ano, o percurso alterou ligeiramente e inclusive, sentamo-nos todos em plena rua de Stª Catarina, a ouvir o manifesto "Existimos, direitos exigimos", durante 6 minutos. Foi um momento engraçado, talvez dos poucos em que as pessoas puderam ver que éramos simplesmente iguais a elas. A parentalidade e a adoção são temas importantes para mim, no entanto, há um que permanece a enubla-los e que não é mencionado: o Medo.
Medo da visibilidade, medo da discriminação, medo de falar, medo de perder, medo do desemprego, medo da exclusão...um medo que mata, que abafa! Já sei que "não devemos dar-nos ao medo", mas sinto-o em mim como uma sombra. Olhando em redor, pelo mundo, assusta verificar que assassinar homossexuais ainda é normal e que os valores de humanidade invertem muito rapidamente.
Assusta muito, mas os sinais do medo combatem-se com acções. Seremos duas das pioneiras da nossa geração a casar. Aos poucos sairemos do armário. São sobretudo jovens, a grande maioria das pessoas que se manifestam.
A perder para o ano, fica a festa do Pride no teatro Sá da Bandeira. Excluindo a boa organização e intenção do evento, o espaço apresenta fracas condições, sobretudo de extracção de fumos. A ausência de espectáculo para mulheres (onde aqui se acentuam logo as diferenças de género), o passar apenas de shows de transformismo (que não aprecio minimamente, pois qualquer pessoa canta e dança em playback), são pormenores que levam-me a ponderar no próximo ano fazer festa noutro lado. Saudades da Pride no barco do amor, em que a diversão era tão boa.

No geral, foi um dia de grandes emoções, com novas amizades à mistura.

Maria
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