quinta-feira, novembro 5

As más línguas...

Recomeçaram as tentativas de limitação das acções das pessoas, dos seus estilos de vida e da liberdade de a poderem viver mais dignamente. Quando se tem medo, resiste-se. Certas pessoas, como o bispo do Porto, acham que deve referendar-se o casamento homossexual "para que a sociedade diga se quer ou não quer secundarizar uma instituição...".
Em primeiro lugar, deixe lembrar-lhe que a sociedade a que se refere é aquela em que eu própria estou incluída. Ninguém quer secundarizar a instituição do casamento, mas simplesmente corrigir a falha nela existente relativamente a casamentos homossexuais. Aí sim, estará correcto falar-se em enformar devidamente a sociedade, com casais heterossexuais e homossexuais.
Em segundo lugar, a complementaridade numa relação de duas pessoas não se rege somente em masculino/feminino, existe também no feminino/feminino e masculino/masculino, não fossem caso disso os milhões de homossexuais que vivem relações felizes, não só de coabitação mas inclusive com filhos. No entanto, pergunto-me que percebe D. Manuel Clemente de relações, quando não sabe o que é viver uma relação amorosa. Que direito julga ter para querer referendar aquilo que Deus uniu?
Em terceiro lugar, direitos das pessoas não se referendam, já devia saber disso. Se olhasse em redor, talvez pudesse aprender com o exemplo da Igreja da Suécia, que já aprovou o casamento religioso dos homossexuais, sem diferenciar as pessoas.
Será assim Deus tão diferente de uns países para os outros?

Cecília

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