domingo, abril 10

Impunidade


Não compreendo como é que África do Sul, o primeiro país africano a legalizar a união de duas pessoas do mesmo sexo, continua a permitir a prática de “estupro correctivo”.
O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato hediondo não é classificado como crime. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas.
Uma menina nascida na África do Sul tem mais hipótese de ser violada do que de aprender a ler. 
25% das meninas sul-africanas são violadas antes de completarem 16 anos.
Millicent Gaika, uma mulher sul-africana foi atada, estrangulada, torturada e violada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobreviveu.
Infelizmente Millicent não é a única. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.
Na Cidade do Cabo, algumas ativistas estão arriscando a vida para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. Apelam, através de uma campanha de recolha de assinaturas, que este horror seja corrigido pelo Presidente Zuma, através de acções que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizem crimes de homofobia e garantam a implementação imediata de educação pública e proteção para as sobreviventes. 


Vamos nos unir e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.

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