terça-feira, dezembro 21

Querido Pai Natal

Não te escrevo há tantos anos, que já nem te deves lembrar de mim. Escrevia-te uma carta pitoresca, com todos os presentes que sonhava e colocava-a debaixo da chaminé.                                                  Lembras-te quando te pedi uma viola e trouxeste-me uma guitarra clássica? Pelas duas da manhã, às escuras, sorrateiramente, verificava se os patinhos já tinham prendinhas e corria a acordar a minha irmã. Nunca te cheguei a ver, eras demasiado rápido na tua visita. Porém, num ano em que te pedi uma bicicleta, vi o meu pai a passear na rua com uma novinha e três dias mais tarde, apareceu no meu sapato de natal. Efectivamente, nesse ano percebi que não existias verdadeiramente, apenas na minha imaginação. Hoje, ao fim de tantos anos, recorro novamente a ti, pois ando com pouca  imaginação.  Não te preocupes que não quero nenhum brinquedo! Quero pedir-te uma coisa muito maior e boa para todo o mundo: que dês mais bondade aos corações das pessoas. Dá-me coragem para lidar com gente má, para que o mundo seja um lugar bem mais tranquilo.
Um beijo da tua sempre menina
Maria

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