quinta-feira, junho 24

S. João do Porto


Este ano, decidimos ir ao Cais de Gaia ver o fogo-de-artifício da festa popular do S. João. Após as sardinhas assadas na brasa com pimento, lá fomos prá rua, que nestes dias está cheia de gente a circular. Tanto no rio como em terra, todos mostravam a sua alegria, uns martelando animadamente nas cabeças circundantes, outros dançando ao som de música animada. A tradição incluí o alho pôrro (fugimos de alguns), o limonete, o ramo de cidreira, os vasos de manjerico com versos populares, os balões de ar quente, os bailes, as marchas, as fogueiras e, dei por mim a questionar-me do porquê do uso dos martelos. Investiguei e fiquei a saber que o martelo foi inventado em 1963 por Manuel Boaventura, um industrial de plásticos do Porto. Tirou a ideia num saleiro/pimenteiro que tinha aspecto de um fole, tendo-lhe adicionado depois um cabo com apito. A moda pegou na queima das fitas e alastrou-se ao S. João. Ironicamente, este ano não martelamos ninguém. O fogo da meia-noite foi bonito como sempre, acompanhado com diversas músicas do mundo. Só nos faltaram as farturas, que já não se vendem por estes lados.

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